CRO-RN parabeniza os protéticos pelo seu Dia, 5 de novembro
O presidente do CRO-RN, Gláucio de Morais e Silva, em nome de todo o plenário do Conselho, parabeniza todos os protéticos potiguares pelo seu dia comemorado todo ano em 5 de novembro.
No Rio Grande do Norte, segundo registros dos inscritos no CRO-RN, a categoria dos Técnicos em Próteses Dentárias (TPDs) tem 145 profissionais no total, sendo que 65 atuando em Natal.
Já os Auxiliares em Próteses Dentárias (APDs) são 70 profissionais inscritos no Estado, com 39 trabalhando em na capital.
TPDs e APDS são profissionais auxiliares que trabalham em parceria com os cirurgiões-dentistas na reabilitação oral, mas não podem atuar na boca do paciente.
Segundo o presidente do CRO-RN, os protéticos são profissionais importantes na reabilitação oral e trabalham atendendo solicitações dos cirurgiões-dentistas na confecção de próteses removíveis, implantes, moldes para clareamento, aparelhos de ortodontia e trabalhos com facetas de porcelana.
“Os protéticos trabalham auxiliando os dentistas e não podem atender diretamente o paciente”, explica Gláucio Morais.
O presidente do CRO-RN lembra que o Código de Ética da Odontologia, no artigo 41, do capitulo XVI sobre Publicidade e Propaganda, veda aos técnicos e auxiliares em próteses dentárias, além de laboratórios, de fazerem anúncios dirigidos ao público.
Segundo Gláucio Morais, estes profissionais podem anunciar seus trabalhos para os dentistas em publicações dirigidas a eles, ou especializadas, com nome do profissional ou laboratório, nesse caso com o responsável técnico, com os respectivos números de inscrição no Conselho Regional de Odontologia.
No Estado, os protéticos tem a APDERN (Associação dos Protéticos Dentários do Rio Grande do Norte), que reúne cerca de 100 profissionais.
Neste sábado, 5 de novembro, a associação realiza mais uma feijoada comemorativa ao Dia do Protético, no Caju Society, na avenida João Medeiros Filho, na Redinha.
O presidente da APDERN é o TPD José Everaldo Soares, com inscrição número 25 no CRO-RN, que tem 38 anos de experiência em prótese dentária.
Para se tornar protético, a pessoa precisa concluir um curso técnico em prótese dentária em uma instituição que seja reconhecida pelos Conselhos Regionais de Odontologia (CROs).
Origem do Dia do Protético
O Dia do Protético Dentário foi oficializado e anexado ao calendário de vários municípios do Brasil, com, Curitiba, capital do Paraná, sendo a pioneira em criá-lo com a Lei nº 8.384,de 28 de Março de 1994, que estipula o dia 5 de Novembro como Dia Oficial Municipal do Protético Dentário. Outras cidades como São Paulo e Juiz de Fora (MG) também foram as primeiras que oficializaram a data.
CONHEÇA MAIS SOBRE OS PROTÉTICOS
O protético dentário é o profissional que confecciona próteses removíveis, implantes, moldes para clareamento, aparelhos de ortodontia e trabalhos com facetas de porcelana. A prótese dentária é uma especialidade que atua nos bastidores da odontologia, a qual o protético produz próteses dentárias e aparelhos ortodônticos a pedido do cirurgião-dentista, portanto o protético trabalha obrigatoriamente para auxiliar o dentista e não diretamente para o paciente. O seu principal objetivo é a reabilitação bucal, em todas as suas funções: estética, fonética e mastigação.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS?
É fundamental ter habilidade manual e conhecimento teórico, para isso é necessário muito estudo e atenção. senso de responsabilidade senso estético capacidade de concentração autocontrole atenção a detalhes organização boa coordenação motora boa visão disciplina habilidade manual perfeccionismo paciência dedicação
QUAL A FORMAÇÃO NECESSÁRIA?
Para exercer essa atividade é necessário fazer curso técnico de Prótese Dentária reconhecido pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO), que pode durar entre um ano e meio a dois anos. Geralmente desde o primeiro semestre de aula, o aluno começa a fazer estágio. O ensino feito por esse profissional de nível técnico é aprimorado em cursos com outros profissionais com maior experiência. Para atuar na área é obrigatório ter o registro do Conselho Regional de Odontologia da jurisdição em que exercerá a profissão. No caso de técnicos, o Conselho exige um curso de formação com no mínimo 2200 horas de aula. A escola também precisa ser registrada no CRO.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Aplicar cerâmica repor ou restaurar de maneira indireta os dentes por meio de confecção de próteses fixas (coroas em metal, porcelana e materiais poliméricos e pontes) ou próteses removíveis (prótese total, dentadura ou prótese parcial removível); ponte móvel e até próteses modernas produzidas sobre implantes como overdentures, próteses fixas livres de metal (metalfree) e próteses protocolo confeccionar moldes para clareamento e aparelhos ortodonticos trabalhar com facetas de porcelana
ÁREAS DE ATUAÇÃO E ESPECIALIDADES
O profissional que faz o curso técnico pode trabalhar em laboratórios e clínicas, hospitais públicos, nas Forças Armadas, Polícias Civil e Militar e no Corpo de Bombeiros. Além disso, podem optar por em trabalhar como autônomo, consultor de empresas e demonstrador técnico ou mesmo dono de laboratório. trabalhar em laboratórios (próprios ou não) prestar serviços para diversas clínicas e laboratórios divulgação de materiais promover cursos e congressos dar aulas trabalhar em consultórios dentários trabalhar em hospitais buco-maxilo fazer implantes especializar-se em moldar aparelhos
MERCADO DE TRABALHO
O mercado para este profissional é extremamente atraente. Por se tratar de um serviço terceirizado da Odontologia, o segmento ainda é pouco difundido, mas já se consolida como um dos mais promissores na área da saúde e estética bucal. O interessado deve estar sempre atualizado, pois existem poucos profissionais bons no mercado e as maiores oportunidades estão nas cidades grandes, onde são mais bem remunerados. Muitas vezes, vários profissionais optam por montar o próprio laboratório, tendo uma possibilidade de ganho maior.
CURIOSIDADES
No início, fazer prótese era atividade de dentista. Quando muito, o dentista incumbia alguém, um auxiliar, para executar certas tarefas de prótese.
A própria odontologia tinha seus problemas com os chamados práticos licenciados, profissionais que exerciam a atividade sem formação superior.
Até que na Revolução de 30, Getúlio Vargas tomou providências, com um decreto-lei referente à Odontologia, que citava o protético.
Foi criado um Serviço de Fiscalização da Saúde Pública, que ia aos consultórios e, consequentemente, aos laboratórios, já que na época estes não passavam de "cantinhos" dos consultórios dentários, pequenas salas anexas.
Era na verdade, o Serviço de Fiscalização de Medicina, que controlava as atividades médicas, farmacêuticas e odontológicas.
Esse foi o primeiro passo para em 1935, o governo desse um fim aos práticos licenciados, instituindo um exame de habilitação com certificado para quem quisesse exercer a odontologia.
O protético dentário só entra em cena em 1943, através do Departamento Nacional de Saúde Pública que criou a Portaria n°29, que obrigava o protético a prestar exame, passando por uma banca examinadora, para só então, trabalhar com a prótese.
Graças a essa exigência, os profissionais começaram a se conhecer. Acabavam se encontrando na inscrição e posteriormente, na Faculdade de Odontologia para prestar o exame prático e oral.
A prova escrita pouco exigia do candidato. Eram questões simples, de terceira série primária, e na oral, as perguntas faziam referências aos aparelhos usados na atividade, ou seja, era uma prova apenas para legalizar os que já praticavam a profissão.
Todos os inscritos foram aprovados. Depois de legalizados os protéticos passaram a sofrer uma maior fiscalização e a ter que requerer alvarás da prefeitura, para abrir seus laboratórios.
Legalizada, a profissão começou a ganhar mais força e os profissionais foram ficando mais unidos. Tanto que fundaram a Associação Profissional dos Protéticos Dentários do Rio de Janeiro.
Idéia de um grupo de 65 profissionais, liderados por Pedro Côco, Dulcardo Allioni, Mario Rocha Pinheiro e Nilda da Purificação. Isso no ano de 1944.
A Associação só foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho, onze anos depois, em 1955. Apesar dessa exigência "marginal", a entidade não deixou de se organizar. Seu primeiro presidente foi Oswaldo de Azevedo Vidal, que ocupou o cargo por mais de um mandato.
Na verdade, a associação teve apenas três diretorias, antes de se transformar em sindicato. No dia 18 de janeiro de 1954, a Associação deu lugar ao sindicato. Nascia, então, o primeiro Sindicato dos Protéticos do Brasil.
Funcionando em uma pequena sala na Avenida 13 de maio, centro da cidade, o Sindicato dos Protéticos Dentários do Estado do Rio de Janeiro, dava início a um tempo de muitas lutas.
Mensalmente, um grupo pioneiro formado por nomes como: Alcides de Oliveira, Oswaldo Ramos, Jair Manzzoni, Orlando Volga, José Pereira da Silva, e outros tantos se reuniam para tratar da admissão de novos sócios.
Em 1957 com a eleição de Alcides de Oliveira o sindicato ganha novo impulso. Dinâmico, extremamente idealista, Alcides provocou um "rebuliço" na prótese, criando Delegacias Regionais em vários bairros do Rio, indiciando o movimento para fiscalização do ensino da prótese, fundando a Associação Brasileira de Prótese Dentária e incentivando, pelo Brasil a fora, o surgimento de novos sindicatos e associações.
Com viagens e reuniões com colegas de outros estados, resultaram em mais sindicatos. Com o Sindicato dos Protéticos Dentários de São Paulo, que homenagearam Alcides, dando seu nome a uma das salas da sede.
Os sindicatos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, que se frise, que ele não estava só nessa cruzada, ao seu lado, protéticos como Luiz Correa, Paulo Felix da Silva, Francisco Ivayr Borges, José Ignácio Gouvêia e mais.
Fonte: Sindicato dos Protéticos Dentários do Estado do Rio de Janeiro
Texto publicado no portal Brasil Profissões