Criação da APAFIS/RN acontece nesta segunda-feira no CRO-RN
Nesta segunda-feira, dia 7 de março, às 19 horas, no auditório do CRO-RN, acontece a criação da Associação dos Pais e Amigos dos Fissurados do RN (APAFIS/RN), uma entidade sem fins lucrativos em defesa dos portadores de anomalias no lábio e palato, conhecidos com os fissurados.
Dia: 07--03-2016 (hoje, segunda-feira)
Horário: 19 horas,
Local: CRO-RN ( Conselho Regional de Odontologia do RN)
Rua Cônego Leão Fernandes, 619 – Petrópolis, por trás da agência da Caixa Econômica Federal, na avenida Rodrigues Alves,
A Assembleia Geral é para Fundação da APAFIS/RN, eleição e posse imediata dos Conselhos: Diretivo, Fiscal e Consultivo.
O garoto Elizaldo Alves, do THe Voice Kids, da rede Globo, que representou o Estado, é fissurado, nasceu com a anomalia e fez diversas cirurgias de reabilitação. Ele vai estar presente e cantando, assim como Siderley Jatobá, também cantor, que carrega consigo uma banner mostrando que já foi uma criança fissurada e hoje está reabilitado.
Todos estão convidados para a solenidade de criação e posse da diretoria da APAFIS/RN, que tem o apoio do CRO-RN.
SITUAÇÃO DO FISSURADO NO RN
O Rio Grande do Norte é um dos estados brasileiros com maior incidência dessa anomalia. Estudos apontam que existam mais de 2 mil crianças com fissuras lábio palatal no Estado, sem qualquer assistência.
Em média, um tratamento a um paciente com este tipo de anomalia leva 18 anos para a total reabilitação, que envolve profissionais de várias áreas, como medicina, odontologia, fonoaudiologia, enfermagem, psicologia, entre outras.
Para os profissionais da saúde envolvidos na reabilitação desses pacientes, o tratamento fora do Estado é dispendioso e as famílias carentes não têm condições financeiras de arcar com os gastos de deslocamento e hospedagem.
O tratamento de um paciente com fissura labial ou palatal envolve vários profissionais das diversas áreas da saúde, com as crianças passando por várias avaliações, exames e cirurgias até a reabilitação total.
Atualmente, famílias com condições financeiras conseguem fazer o tratamento de forma particular ou pelos planos de saúde. O problema maior são as crianças de famílias carentes que não recebem tratamento adequado, ficando a espera de mutirões de organização não governamentais que atuam nessa área.
No ano passado, uma ONG tentou realizar cirurgias em Natal, mas o governo do Estado nem prefeitura ofereceram condições, como disponibilizar centros cirúrgicos.
Os participantes deste grupo de criação da APAFIS espera que a entidade possa pressionar as autoridades para a implantação de um centrinho em Natal para que sirva de referência para o Estado.
O sonho desses abnegados defensores dos direitos dos pacientes fissurados é que a APAFIS possa ter uma casa abrigo para receber as crianças e familiares, como acontecem hoje com as entidades de apoio às crianças com câncer.