CRO-RN emite nota de repúdio diante dos fatos acontecidos na Assembleia Legislativa do RN
Diante das noticias envolvendo a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, com divulgação da existência de funcionários fantasmas e excesso de cargos comissionados, o Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Norte (CRO-RN) emitiu nota de repúdio, que defende a apuração dos fatos pelo Ministério Público e a punição aos culpados.
“O CRO-RN engrossa as fileiras da indignação e diz em alta voz que acredita na seriedade do Ministério Público do nosso Estado, esperando uma criteriosa, austera e rigorosa apuração dos fatos hora divulgados, e que os culpados sejam punidos na forma da lei”, diz um trecho da nota assinada pelo presidente do Conselho, o cirurgião-dentista Gláucio de Morais e Silva.
De acordo com o Portal da Transparência da AL/RN, a Casa Legislativa possui atualmente 3.181 servidores, sendo 552 efetivos, 173 aposentados ou pensionistas, além de outros 51 cedidos por outros órgãos e os demais 2.592 são funcionários indicados pela Mesa Diretora ou deputados.
Os 2.592 cargos comissionados correspondem a 81,4% do total de servidores da AL/RN, que por sua vez realizou concurso público há 2 anos para preencher 90 vagas e só chamou 20 dos concursado.
Leia abaixo a integra da Nota de Repúdio do CRO-RN:
NOTA DE REPÚDIO
O CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE, Autarquia Federal, que tem como um de seus princípios fundamentais, a defesa inconteste da sociedade, vem a público manifestar a sua indignação veemente com as notícias veiculadas em todos os meios de comunicação do Estado, que dão conta do absurdo administrativo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Estamos assistindo perplexos à “derrama” de dinheiro público por aquela instituição que, diga-se de passagem, tem o dever de zelar correta aplicação de recursos públicos.
A exorbitância no número de funcionários, os exagerados salários, a admissão de cargos comissionados em detrimento dos concursados, nepotismo, o crime do contratado que apenas recebe o salário, porém não comparece ao expediente, o uso da instituição para fins pessoais, são fatos que afrontam a todos nós e coloca em cheque a credibilidade e a legitimidade daquela casa legislativa.
O CRO-RN engrossa as fileiras da indignação e diz em alta voz que acredita na seriedade do Ministério Público do nosso Estado, esperando uma criteriosa, austera e rigorosa apuração dos fatos hora divulgados, e que os culpados sejam punidos na forma da lei.
É preciso agir com coerência, imparcialidade e justiça para que se resgate a ética, a transparência e o respeito da Assembleia Legislativa com o povo potiguar.
Foto de capa: Eric Dias (G1/RN)