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Fiscalização do CRO-RN visita Ceará-Mirim e recomendará interdição ética em unidade móvel

Fiscalização do CRO-RN visita Ceará-Mirim e recomendará interdição ética em unidade móvel
O conselheiro Hérveton segura a bacia usada para armazenar água para a higienização na unidade móvel

Depois de três visitas a Ceará-Mirim, a Equipe de Fiscalização do CRO-RN vai recomendar a interdição ética em uma unidade móvel de odontologia e em um consultório localizado numa das unidades de saúde do Centro da cidade.

A última fiscalização do Conselho aconteceu no dia 27 de fevereiro deste ano, quando várias unidades de saúde do município foram visitadas, além do CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), que está em reforma, e uma unidade móvel sem condições de atendimento, estacionada nos fundos da unidade de saúde do assentamento Santa Águeda, na zona rural de Ceará-Mirim.

Acompanhou a equipe o conselheiro Héverton Fernandes Duarte, que não gostou nada do que viu, principalmente na área de biossegurança.

Veja as fotos da fiscalização em Ceará-Mirim.

Esta foi a terceira visita da Fiscalização ao município de Ceará-Mirim, que receberá mais uma vez notificação do CRO-RN, desta vez com interdição ética em relação às condições de trabalho dos profissionais de odontologia. Em maio e outubro do ano passado, o município já tinha sido visitado e a secretaria Municipal de Saúde foi notificada das irregularidades encontradas.

Segundo o presidente da Comissão de Fiscalização do CRO-RN, Gláucio de Morais e Silva, depois de vencidos os prazos para sanar os problemas levantados nestas fiscalizações, as medidas que serão tomadas agora são de interdição ética na unidade móvel e em pelo menos um consultório localizado no Centro da cidade, além de representação ao Ministério Público para que a prefeitura garanta o atendimento odontológico à população.

Na unidade móvel Médica e Odontológica, estacionada atrás da unidade de saúde do assentamento Santa Águeda, as condições de trabalho são precárias para os profissionais de odontologia.

Não há climatização na unidade móvel, muito menos água encanada para higienização, com o dentista sendo obrigado a usar uma bacia.

As paredes têm infiltrações, a cadeira odontológica está enferrujada e cortinas tentam ameninar a entrada de raios de sol na unidade móvel.

Todo o lixo proveniente de procedimentos realizados no consultório é descartado e queimado a céu aberto, totalmente em desacordo com as resoluções que versam sobre lixo hospitalar.

Para abrir a unidade móvel, os servidores têm dificuldades, necessitando de pelo menos duas pessoas para segurar uma placa de metal que se transforma em plataforma de acesso. A plataforma está enferrujada e uma dobradiça de sustentação está quebrada, colocando em risco pacientes e profissionais.

O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) está sem atendimento devido a uma reforma que se iniciou no ano passado.

A Coordenação de Saúde Bucal de Ceará-Mirim prometeu, em ligação telefônica realizada no dia da visita, entregar um relatório ao Conselho informando quais as providências tomadas a partir das notificações anteriores.

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