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Dia Internacional da Mulher: parabéns às profissionais de Saúde Bucal

A direção do CRO-RN deseja para as profissionais da odontologia, como CDs, ASBs, TSBs, TPDs e APDs muitas conquistas em suas profissões e em suas vidas.

Apesar ainda das diferenças, das discriminações existentes, as mulheres já provaram com competências e com suas lutas que o seu espaço na sociedade já está consolidado.

Elas estão em todos os setores, desde o seu lar, trabalhando, cuidando e educando os filhos, na indústria, nas profissões liberais, no comércio e serviços, enfim, ocupam posições estratégicas em todos os setores da sociedade.

Às mulheres potiguares e brasileiras, fica o parabéns de todos os Conselheiros e funcionários do CRO-RN por este Dia Internacional da Mulher.

Mas a mulher, independente de profissão, raça e religião, deve ser homenageada pelo conjunto de sua obra, como mãe, esposa, profissional, mulher e, acima de tudo, um ser humano que tem o poder da geração.

São elas que tiveram a graça de Deus para gerar novos indivíduos e assim garantir a continuidade da raça humana nesse planeta terra.


Por este conjunto da obra, a Mulher não deve ser apenas celebrada nesse dia 8 de Março, mas deve ser homenageada e referenciada diariamente.

Para todas as mulheres, o CRO-RN deseja que elas conquistem seus sonhos e, acima de tudo, tenham o respeito que merecem de todos os homens.

No Dia Internacional da Mulher, vamos referenciar cada uma delas com uma flor, um beijo, um abraço e dizer o quanto elas são importante em nossas vidas, numa manifestação de carinho a este ser tão especial.

ORIGEM DA DATA

O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é data comemorativa que foi instituída durante a Conferência Internacional de Mulheres realizada em 1910, na Dinamarca, para homenagear as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque que entraram em greve exatamente no dia 8 de março de 1857.

A data só foi reconhecida como o Dia Internacional da Mulher pelas Organizações das Nações Unidades em 1975.

As operárias norte-americanas naquele ano de 1857 entraram em greve ocupando a fábrica têxtil para reivindicar a redução da carga diária de trabalho. Elas trabalhavam 16 horas por dia e ainda recebiam menos de um terço do salário dos homens.

Segundo versões, as norte-americanas, que reivindicavam uma carga horária de 10 horas diária, foram trancadas na fábrica, onde teve início um incêndio que acabou matando 130 operárias.

Seis anos depois da tragédia, em 1903, as profissionais liberais dos Estados Unidos criaram uma associação com o objetivo principal de ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.

A Women"s Trade Union League cinco ano depois promoveu a marcha das mulheres pelas ruas de Nova Iorque, reunindo mais de 14 mil delas para protestar pelo mesmo motivo das operárias têxteis e ainda reivindicaram o direito de votar.

Na marcha, as mulheres caminharam sob o slogan “Pão e Rosas”, simbolizando, respectivamente, a estabilidade econômica e uma melhor qualidade de vida.

 MORTE DAS OPERÁRIAS, VERSÃO OU FATO?

O Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de março como forma de marcar os feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher a partir do processo de industrialização que começou nos Estados Unidos e Europa.

A enciclopedia Wikipédia relata que a idéia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica.

Como as condições de trabalho na época não eram nada boas, com excesso de carga horária e salários menores que os recebidos pelos homens, as mulheres empregadas em fábricas têxtil e de vestuário de Nova Iorque foram à luta reivindicar mudanças no tratamento que recebiam.

No dia 8 de março de 1857, em Nova Iorque, as operárias da indústrial têxtil e de vestuário protestaram sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.

Segundo a Wikipédia, este episódio levou à uma versão distorcida dos fatos, misturando o protesto das operárias com o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que ocorreu também em Nova Iorque, só que em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras.

A versão dá conta que 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas.

A enciclopedia sustenta que “este evento porém nunca aconteceu e o incêndio da Triangle Shirtwaist continua como o pior incêndio da história de Nova Iorque”.

Ainda de acordo com a Wikipédia, muitos outros protestos se seguiram nos anos seguintes ao episódio de 8 de Março de 1857. E destaca a marcha de 15 mil mulheres em 1908 em Nova Iorque, quando elas exigiram a redução da carga horária de trabalho, melhores salários e o direito ao voto.

A enciclopédia relata que o primeiro Dia Internacional da Mulher aconteceu em 28 de fevereiro de 1909, nos Estados Unidos, após uma declaração do Partido Socialista da América.

Em 1910, a Internacional Socialista promoveu a primeira conferência internacional sobre a mulher, em Copenhague, Dinamarca, quando então foi estabelecido o Dia Internacional da Mulher a ser comemorado no dia 8 de março.

MULHERES EM PROFISSÕES MASCULINAS

 

Daniela Paixão

Do UOL Notícias

Segundo o IBGE, no Brasil a média de escolaridade das mulheres é maior que a dos homens. Mas são os homens que ainda ganham mais.

Uma mulher que ocupa o mesmo cargo que um homem chega a ter rendimento 22% menor que o colega do sexo masculino.

É possível elencar muitos outros indicadores sociais que deixam clara a desigualdade entre os sexos.

As mulheres ainda batem de frente com muitas dificuldades. Algumas escancaradas. Outras de forma velada.

Que o digam as que conseguiram romper a barreira do preconceito e que exercem profissões consideradas tipicamente masculinas.

A engenheira de produção, especializada em mecânica, Simone Vieira, 39 anos, nem precisou sair de casa para dar de cara com o preconceito.

Ela conta que quando terminou o primeiro grau e mostrou interesse em fazer um curso profissionalizante o pai dela se recusou a pagar: “Meu pai disse que eu não precisava mais estudar porque eu ia me casar, ter filhos e então isso não seria importante”, lembra.

E foi só o começo, quando ingressou na faculdade de engenharia, na Universidade de São Paulo, em 1989, encontrou uma sala de aula com 54 homens e apenas seis mulheres.

Nas entrevistas de emprego as portas estavam fechadas mesmo antes de fazer os testes. Simone Vieira lembra-se que uma psicóloga, antes de aplicar a prova, abriu o jogo e disse a ela e às outras cinco colegas que queriam participar da seleção que a empresa não iria contratar mulheres.

“A psicóloga foi sincera e falou que tinha ordens expressas de não selecionar ninguém do sexo feminino. Então nós levantamos e fomos embora.”

Mesmo depois de empregada, a humilhação continuou. Uma grande montadora liberou um bônus para todos os funcionários do departamento. Homens. Ela não recebeu.

“Eu fui à sala do meu supervisor e perguntei porque eu não havia sido contemplada com o bônus. Onde eu estava errando, qual era o problema. Ele não soube responder. Disse que não havia o que falar do meu trabalho. Logo... eu concluí que a única razão de eu não ter recebido o dinheiro era pelo fato de eu ser mulher”.

A primeira brasileira a ser piloto de Fórmula Indy, Bia Figueiredo, 24 anos, também passou o sinal vermelho e entrou no tão masculino mundo das corridas de carro.

E não esquece uma das frases que mais ouvia depois de ganhar uma competição: “Os pais falavam para os filhos: filho, como você pôde perder de uma menina. Ela é uma menina!”

Bia Figueiredo coleciona mais de 200 troféus e pelo menos 40 vitórias. Não há duvidas: ela é fera nas pistas. Veloz, precisa, decidida. Mesmo assim, quando enfrenta o trânsito, vez ou outra ainda ouve aquela velha e machista frase:

“Muitos homens falam quando acontece qualquer coisinha no trânsito... Só podia ser mulher!”

Nada é mais “clube do bolinha” do que o universo das cervejas. É difícil encontrar um homem que não gosta de tomar uma cervejinha com os amigos.

Eles garantem que entendem de marca, sabor, temperatura ideal. Pode até ser. Ninguém está falando o contrário.

Mas sabe quem responde há seis anos pela Associação Brasileira de Profissionais em Cerveja? Pois é... é uma mulher.

Cilene Saorin tem 38 anos de idade, graduada em engenharia de alimentos, tem especialização em tecnologia cervejeira e também é sommelier de cervejas.

É Cilene Saorin quem decide se uma cerveja é de fato boa pra ser vendida ou não. “O mestre cervejeiro tem capacidade para escrever a receita de acordo com o que a marca deseja. Também acompanha todo o processo de produção e, depois do envasamento, testa o produto para saber se está de acordo com todas as especificações”, explica Saorin.

Mas foram muitas as pedras no caminho para chegar até onde chegou. Cansou de ouvir “fábrica de cerveja não é lugar para mulher”.

Segundo Cilene Saorin, as fábricas de cerveja fazem questão de pagar cursos profissionalizantes para os profissionais. Com ela foi diferente. O fato de usar saias impediu que ela recebesse qualquer tipo de ajuda financeira.

Precisou economizar dois anos para pagar os custos do mestrado em tecnologia cervejeira. Nenhuma fábrica mostrou interesse em investir em sua capacitação profissional.

“Muitas vezes eu cheguei a pensar que estava dando murros em ponta de faca. Mas foi o desafio constante que me motivou a provar que podia e que eu ia conseguir”.

E esse desafio constante parece ser mesmo a mola que impulsiona grande parte das mulheres a provar que sim, são capazes de exercer qualquer profissão.

 

 

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