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Na Quarta Cultural, dia 2, palestra sobre a Insurreição Comunista no RN

“A Insurreição Comunista de 1935 no Rio Grande do Norte” é o tema da palestra que o presidente do CRO-RN, Eimar Lopes, recém formado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, vai apresentar nesta quarta-feira, dia 2 de setembro, às 19h30min, no Sarau Lítero-Musical do Conselho Regional de Odontologia.

A palestra faz parte do programa “Quarta Cultural” do CRO-RN, que é realizado duas vezes por mês na sede do conselho, sob a coordenação da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores (SBDE), com apoio da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN (SPVA).

Antes da palestra, a partir das 18 horas, no auditório do CRO-RN, acontece o sarau com as apresentações de poetas populares e das pessoas que vão para o evento para declamar poesias, cantar ou mesmo para apenas ouvir.

O presidente do CRO-RN é o terceiro palestrante da série de palestras históricas que o Sarau deu início em julho, quando o cirurgião-dentista Givaldo Soares apresentou o tema “Futebol e Música”. O segundo convidado foi o professor Luis Eduardo Suassuna, mais conhecido por Coquinho, que falou sobre a História da Fundação de Natal.

Como terceiro palestrante, Eima Lopes explica que sua palestra vai abordar aspectos que antecederam o movimento comunista no Estado, bem como vai mostrar como foram os quatro dias que Natal foi a única capital brasileira a viver sob um regime Comunista.
“Minha palestra vai abordar este período da história natalense nas perspectivas de vários autores, como João Medeiros Filho, Homero Costa, João Maria furtado, entre outros”, diz o presidente do CRO-RN, que em julho se graduou em História pela UFRN.

A Insurreição ou Intentona Comunista, também denominada de Revolta Vermelha, foi um movimento armado que tentou em 1935 implantar o regime soviético no país, que irrompeu em Natal, Recife e Rio de Janeiro. Para alguns historiadores, a conspiração teve componentes de natureza político-militar. Os componentes políticos foram os protestos contra um governo autoritário, o de Getúlio Vargas da época, enquanto o militar se dava dentro dos quadros dos movimentos “tenentistas” realizados no país desde a década de 1920.

No caso do Rio Grande do Norte, segundo o palestrante Eimar Lopes, o movimento contou com um componente de insatisfação política local, iniciado em 1934, com a eleição para governador de Rafael Fernandes, que substitui a Mário Câmara.

No país, o movimento tinha como seu maior líder Luís Carlos Prestes, capitão do Exército Brasileiro, liderança “tenentista” convertido ao comunismo. Os comunistas brasileiros tinham como bandeira na época a abolição da dívida externa, a reforma agrária e o estabelecimento de um governo de base popular, que poderia ser chamado de uma revolução "nacional-libertadora".

Carlos Prestes tinha como companheiros os comunistas alemães Olga Benário e Arthur Ernest Ewert, o argentino Rodolfo Ghioldi e outros militantes ligados ao Comitê Executivo da Internacional Comunista (CEIC).

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