Nesta terça-feira, dia 21 de julho, os servidores do Centro de Referência Odontológica Morton Mariz, na Ribeira, vão realizar reunião para tomar conhecimento das reformas que a secretaria Municipal de Saúde pretende fazer na unidade, que desde o dia 11 de maio está fechada.

No ultimo dia 14, os servidores já fizeram um protesto pelos dois meses que o centro está sem atender a população. Na ocasião, até um bolo foi oferecido pelo Sindicato dos Odontologistas do RN (SOERN) para os servidores e os usuários em protesto pela demora em iniciar as obras.

Com a unidade fechada, mais de sete mil atendimentos mês estão sendo deixados de ser realizados por mês no centro, que atende casos de urgências e ainda tem o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) em anexo.

Cerca de 40 cirurgiões-dentistas e mais de 50 outros servidores, entre auxiliares de saúde bucal, administração, enfermagem, recepcionistas e serviços gerais, trabalham no Morton Mariz.  Com o fechamento da unidade, alguns dentistas estão sendo transferidos para outras unidades.

A diretora do Departamento de Engenharia da Prefeitura de Natal, Marília Ferreira, informou que vai enviar para a reunião a arquiteta Roseneide Gomes, que vai explicar aos servidores os trabalhos que serão executados na unidade.

Segundo a engenheira Marilia, na realidade, se não houvesse tanta pressão para a reabertura da unidade, a melhor solução para o Centro de Referência Odontológica da Ribeira seria a construção de um novo prédio.

“Mas como não temos tempo para planejar e apresentar um projeto completo que requer meses de trabalho, o que podemos fazer nessa unidade é uma intervenção emergencial para colocar uma laje e trocar o telhado”, explicou Marilia.

Na semana passada, os trabalhadores da EMPEC, a construtora paraibana que ganhou a licitação, tiveram que parar de trabalhar para aguardar o projeto estrutural da obra. Para o mestre de obras da Empec, muitas vezes o melhor é colocar abaixo um prédio já antigo e iniciar a obra do nada.

Segundo ele, quando se inicia uma obra num prédio antigo, nunca se sabe o que pode acontecer. “Estamos com os operários trabalhando na retirada do gesso e do antigo telhado, mas agora apareceu o problema da falta de projeto estrutural para colocar a laje’, explicou o mestre de obras.

O departamento de Engenharia da prefeitura informou que no valor de R$ 135 mil licitados não está incluso as reivindicações que uma comissão de servidores do centro encaminhou a secretaria Municipal de Saúde.

Numa reunião dos servidores com a secretária Municipal de Saúde, Ana Tânia Sampaio, em maio, ficou acertado que a comissão formada com representantes dos vários setores da unidade iria apresentar as reivindicações para serem incorporadas na reforma.

A sala de drenagem, o laboratório de prótese e o refeitório, que fazem parte do elenco de reivindicações dos servidores, segundo a engenheira Marilia, não estão no projeto de reforma.

Segundo ela, no valor orçado para a obra de reforma, estão apenas o telhado e a colocação da laje, além de um estacionamento privativo para os plantonistas da noite, na parte dos fundos da unidade, que foi uma das reivindicações dos servidores.  

Os presidentes do CRO-RN, Eimar Lopes, e do Sindicato dos Odontologistas do RN, Ivan Tavares Farias Júnior, vão estar presente nessa reunião dessa terça-feira para ouvir do departamento de Engenharia da Prefeitura os detalhamento da reforma da unidade Morton Mariz.

Para Eimar Lopes, as obras de reforma estão lentas e até agora não se sabe oficialmente o que realmente vai ser feito na unidade Morton Mariz.

A diretora do Departamento de Engenharia da Prefeitura de Natal acredita que para atender as reivindicações dos servidores da unidade será necessário fazer um aditivo no contrato com a construtora Empec. Pela legislação, o aditivo pode ser até 50% do valor da obra contratada, ou seja, mais cerca R$ 67 mil.