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Servidores do Centro Odontológico Morton Mariz protestam

Os servidores do Centro de Referência Odontológica Dr. Morton Mariz, no bairro da Ribeira, fechado desde o dia 12 maio, fizeram nesta terça-feira, dia 16 de junho, um ato de protesto pela demora da prefeitura em iniciar as obras de reforma da unidade.

O protesto foi organizado pelo Sindicato dos Odontologistas do Rio Grande do Norte (SOERN), Conselho Regional de Odontologia (CRO-RN) e pelos sindicatos dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde) e dos Servidores Municipais de Natal (Sinsenat).

Com faixas, as entidades protestaram pela demora no início das obras e cobraram da prefeitura mais agilidade para a reabertura do centro, que é uma espécie de hospital Walfredo Gurgel da odontologia.

Segundo nota distribuída à população pelos sindicatos, em um mês de fechada a unidade, onde também funciona o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), cerca de 8 mil atendimentos deixaram de ser realizados.

Para o presidente do CRO-RN, Eimar Lopes, o fechamento da unidade penaliza a população mais pobre da cidade, usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), que recorre ao centro porque as unidades básicas de saúde nos bairros não funcionam como deveriam funcionar.

"Não havendo atendimento nas unidades dos bairros, o povo vem para a Ribeira porque sabe que aqui será atendido. Mas com a unidade fechada, as pessoas que precisam de um atendimento odontológico ficam prejudicadas", diz o presidente do CRO-RN.

Segundo ele, o problema na saúde de Natal está na má gestão. "Se a Saúde tivesse gestores comprometidos com a população, a situação seria outra, não essa onde cerca de 10 unidades estão fechadas por falta de condições de atendimento", afirma Eimar.

Na nota distribuída no protesto realizado no pátio do Centro de Referência da Ribeira, o SOERN informou que cerca de 3.500 pessoas deixaram de ser atendidas no setor de urgência nesse período de fechamento do Morton Mariz.

O presidente do SOERN, Ivan Tavares de Farias Júnior, disse que a prefeitura já deveria ter iniciado as obras de reformas, mas não entende essa demora.

Para alguns dentistas, o melhor que a prefeitura deveria fazer era ao invés de reformar a unidade, era colocá-la abaixo e construir um novo prédio, com dois pavimentos, que abrigaria melhor o Centro de Referência e o CEO.

O SOERN reivindica para o centro da Ribeira a introdução do atendimento aos traumas de face com fraturas olvéolos-dentária e o atendimento, com resolutividade, às infecções orais contaminadas, bem como a construção de uma sala para drenagem.

Outra revindicação do sindicato é o aumento do número de quartos no repouso para os profissionais plantonistas, assim como a presença da enfermagem para execução de medicação aos pacientes.

O Centro da Ribeira está interditado desde o dia 12 de maio, depois que o CRO-RN orientou os cirurgiões-dentistas a não trabalharem na unidade por falta de condições de trabalho.

As chuvas do início do ano e de abril inundaram a unidade, onde uma parte do forro de gesso cedeu, colocando em risco os servidores e os usuários.

O presidente do CRO-RN colocou a culpa da atual situação da saúde no município na gestão anterior, mas salientou que se a atual prefeita, Micarla de Sousa, não tomar as providências agora, ela também será responsabilizada.

Afinal, a campanha dela para chegar à prefeitura foi em boa parte criticando a situação da saúde na gestão anterior e prometendo que iria dar prioridade na solução dos seus problemas. 

No fechamento do centro da Ribeira, a prefeitura prometeu iniciar em 15 dias as obras, com um prazo de três meses para reabrir a unidade. Já se passaram um mês e nada foi feito.

 

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