58% da população não tem acesso adequado a escovas de dentes
Levantamento realizado em 2008 pelo Ministério da Saúde constatou que 58% da população brasileira, ou seja, cerca de 90 milhões de brasileiros, não tinham acesso adequado a escovas de dentes.
A pesquisa do MS inclui pessoas que usaram o produto de forma esporádica ou inadequada (uso da mesma escova por longo período).
O coordenador nacional do programa Brasil Sorridente, Gilberto Pucca, disse que a não-utilização de escovas de dente no Brasil é mais comum do que se imagina. Em entrevista à Agência Brasil, ele alertou que praticamente todas as capitais brasileiras apresentam índices de acesso zero ao produto.
" A gente tem que acabar com essa idéia de que as pessoas não têm acesso aos bens mínimos só nas regiões distantes. O problema está na nossa esquina, nas periferias "
“A gente tem que acabar com essa idéia de que as pessoas não têm acesso aos bens mínimos só nas regiões distantes. O problema está na nossa esquina, nas periferias” afirmou Pucca.
Ele salientou que o quesito dificuldade financeira lidera o ranking de razões pelas quais mais da metade dos brasileiros não utiliza a escova de dentes de maneira adequada. Depois vem o desconhecimento.
Em 2003, o índice de acesso zero chegava a quase 65%, mas o crescente número de pessoas que passaram a integrar o mercado de trabalho, segundo ele, levou à queda dos números.
Além da melhoria econômica da população, outro fator que ajudou a cair o índice de pessoas sem acesso nenhum a escova foi a criação do Programa Brasil Sorridente.
O Ministério da Saúde possui atualmente 18 mil equipes de saúde bucal dentro do programa Saúde da Família, além de mais de 650 centros especializados dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Pucca, a meta do governo é, até o final de 2009, incorporar kits compostos por escova e pasta de dente em 100% das equipes de saúde bucal - mil kits por equipe.
Hoje, o governo já faz uma distribuição desse kit para alunos do ensino fundamental e médio que pertencem a escolas públicas localizadas em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). São cerca de 1.200 municípios brasileiros que recebem o kit.
O coordenador de Saúde Bucal do MS acredita que, em um prazo máximo de dez anos, o país apresente um quadro de saúde bucal "bastante diferenciado" do atual.
(Informações da Agência Brasil)
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