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Odontologia Hospitalar: presença do Cirurgião-Dentista nas UTIs reduz em até 60% as chances de infecção respiratória em pacientes internados

Odontologia Hospitalar: presença do Cirurgião-Dentista nas UTIs reduz em até 60% as chances de infecção respiratória em pacientes internados

A defesa da Odontologia Hospitalar como assistência indispensável à vida dos pacientes em UTIs foi ainda mais valorizada durante a pandemia da COVID-19, sendo o Cirurgião-Dentista reconhecido amplamente como parte integrante das equipes multidisciplinares nos hospitais e atuando na linha de frente no combate ao Coronavírus e no cuidado da saúde do cidadão como um todo. Mas cinco anos antes deste cenário epidemiológico, que impactou a vida da população mundial, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) já havia reconhecido o exercício da Odontologia Hospitalar pelo Cirurgião-Dentista a partir da Resolução CFO-162/2015.

Para o Presidente do CFO, Juliano do Vale, a Odontologia Hospitalar é uma realidade hoje dentro dos hospitais, visando a melhoria na qualidade de vida e a mais breve ‘desospitalização’ dos pacientes. “A importância do Cirurgião-Dentista, considerando o cenário pandêmico e as evidências científicas, teve uma grande ascensão ao longo dos últimos anos. As equipes multidisciplinares precisam deste profissional para reduzir as chances de infecção ao paciente internado e, consequentemente, possibilite a ele ter alta hospitalar”.

De acordo com estudos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), o trabalho do Cirurgião-Dentista nas UTIs reduz em até 60% as chances de desenvolvimento de infecções respiratórias em pacientes internados. Na prática, a inserção do Cirurgião Dentista na Unidade de Terapia Intensiva trouxe uma série de benefícios à saúde dos pacientes, conforme explica Keller De Martini, presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar do CFO. “Podemos destacar os cuidados de higiene oral com a inserção de um protocolo de higiene bucal com clorexidina 0,12% que, aplicado aos pacientes diariamente, podem reduzir as bactérias que causam infecções respiratórias hospitalares e que, muitas vezes, migram para os pulmões a partir da cavidade bucal”, explicou.

Os principais protocolos de um Cirurgião-Dentista dentro de uma UTI são o de Higiene Oral e de Laserterapia. A rotina começa passando junto com toda a equipe multidisciplinar nos leitos, conhecido por ‘Round’, momento em que toda a equipe se reúne à beira leito e discute intervenções, propondo condutas e novas abordagens em prol do paciente, após isso, o profissional pode ir para a realização do protocolo de higiene oral, verificação dos focos na cavidade bucal e, se oportuno, realizar procedimentos, tais como exodontias, raspagens, selamento de cavidade, instalação de placas de mordida, entre outros.

Para trabalhar em UTIs, o Cirurgião-Dentista precisa estar muito bem capacitado e ter um vasto conhecimento de Clínica Médica. “O Conselho Federal de Odontologia tem trabalhado ao longo dos anos para propor diretrizes e normatizar a Odontologia Hospitalar. Um ponto importante que devemos destacar é que existem os cursos de Habilitação em Odontologia Hospitalar, em que o Cirurgião-Dentista realiza o curso e sai capacitado para ser inserido nas equipes multidisciplinares dos hospitais”, salientou De Martini.

Ascom CFO

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