Painel do quarto e último dia da Arena CFO, no CIOSP, reforçou a importância da Odontologia Hospitalar nos municípios

Abrindo as atividades do último dia da Arena CFO, no CIOSP, o painel intitulado “Odontologia Hospitalar: Panorama Atual e Perspectivas” foi realizado na manhã deste sábado (2/7), às 11h.

O módulo 13 da Arena CFO contemplou as apresentações dos palestrantes Keller De Martini, coordenador da Comissão de Odontologia Hospitalar do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Denise Abranches, coordenadora do serviço de Odontologia do Hospital São Paulo, e Ana Marcela Rojas Hial, médica hematologista que atua em hospitais como Osvaldo Cruz, 9 de Julho, entre outros.

Keller De Martini foi o primeiro palestrante a fazer a exposição sobre o tema, elogiando o presidente do CFO, Juliano do Vale, mencionando o “trabalho incansável” do CFO na pandemia para ajudar toda a classe odontológica nesse momento difícil para toda a Odontologia em função da COVID-19.

Como coordenador da Comissão de Odontologia Hospitalar pelo CFO, De Martini afirmou que é preciso entender que um olhar 360° é preciso. “São demandas diferentes, trabalhos distintos e populações diversas”, destacou. Também reconheceu que, apesar do difícil cenário epidemiológico no Brasil e no mundo, a Odontologia Hospitalar ganhou mais notoriedade.

Para entrar dentro do hospital, De Martini ressalta que o Cirurgião-Dentista deve estar sempre capacitado, saber trabalhar em equipe – por ser uma área interdisciplinar – cumprir protocolos e ser integrado com o treinamento à equipe de Enfermagem.

Denise Abranches também é Cirurgiã-Dentista e foi a segunda palestrante a fazer a trazer ao público sua experiência dentro das UTIs durante o momento mais agravante da pandemia. Fez história, tendo sido a primeira a tomar a vacina da Oxford. “Nós, que atuamos dentro da UTI, fomos conclamados a atuar dentro dos hospitais. Não tivemos espaço para o medo. Não tivemos escolha, mesmo com incertezas. E como coordenadora de setor de Odontologia no espaço hospitalar, não posso permitir num ambiente de complexidade que um Cirurgião-Dentista entre numa UTI sem conhecer sua dinâmica. Por isso, tem de ter horas de Residência e muita capacitação”, explicou.

Médica da Escola de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e com atuação em hospitais de referência no Estado, Ana Marcela Rojas Fonseca Hilal fechou as considerações do módulo, reiterando a diferença de cenários com a chegada dos Cirurgiões-Dentistas nos hospitais e UTIs. “Foi um divisor de águas. Não vivemos mais sem vocês. Não existe a Medicina sem a Odontologia”, pontuou.

Por fim, o vice-presidente do CFO, Raimundo Nazareno de Souza Ávila parabenizou os palestrantes, e adiantou ao público presente que o Conselho Federal de Odontologia “trará novidades voltadas à Odontologia Hospitalar em breve”.