Exame de Proficiência precisa da adesão das instituições de ensino superior, defendem palestrantes do 11° painel da Arena CFO, no CIOSP
Um dos painéis mais esperados pela Classe, “Exame de Proficiência: Projeto de Implantação” foi realizado na tarde desta sexta-feira (1/7), terceiro dia de atividades da Arena CFO no CIOSP.
Correspondente ao módulo 11, o debate foi composto pelos palestrantes Aguinaldo Coelho de Faria, presidente do CROPR, Vânia Fontenela, presidente da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO) e Claudenir Rossato, conselheiro do CROPR.
Na abertura do painel, esteve presente o presidente do CFO, Juliano do Vale, reforçando a importância da temática para que o ensino e avaliação do aprendizado nos cursos de graduação em Odontologia possam passar por critérios ainda mais rigorosos. “Gostaria muito que essa palestra possa alcançar o maior número possível de professores, de coordenadores de curso de Odontologia e entidades de ensino. O Exame de Proficiência é um instrumento essencial para a melhoria da Odontologia e de seus futuros profissionais”, comentou.
Na sequência, Claudemir Rossato, conselheiro do CROPR, apresentou um breve contexto do Exame de Proficiência, em que o instrumento piloto está sendo desenvolvido nas instituições de ensino superior do Paraná. “Estamos em estágio avançado neste exato momento. Com clareza de propósitos e abnegação de muitos, o projeto teve um hiato em função da pandemia e foi retomado ano passado”, apontou.
Aguinaldo Coelho de Faria, presidente CROPR, tem se engajado na luta pela aderência do Exame de Proficiência nos cursos de Odontologia. “Antes, era contra o Exame de Proficiência, mas fizemos um levamento de infrações na profissão no meu estado e descobrimos que elas aconteciam por conta de alguns gargalos de ensino nos cinco primeiros semestres de faculdade”, disse. Depois dos dados coletados, uma comissão realizada no Paraná, com apoio do Conselho Regional do Estado, reuniu diversos coordenadores de cursos de Odontologia para discutir os resulrados.
“O número de faculdades de Odontologia é gigantesco, está sem controle. Sem respeitar desidade demográfica, onde o índice de desistência da Odontologia eleva-se a cada ano. Precisamos unir cada vez mais as entidades de classe e associações para propor algo novo que impeça isso”, alerta.
O exame, neste momento, é facultativo, entretanto, qualitativo para saber o perfil dos profissionas generalistas que vão para o mercado de trabalho. O projeto piloto é feito com a Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABEMO), mas a comissão é totalmente independente.
A presidente da ABEMO, Vania Fontanela, explicou como tem sido feito o trabalho e o projeto piloto. “Tanto a Associação quanto a comissão como um todo nos perguntamos como poderíamis interferir positivamente com o instrumento”, contou. Para Fontanela, essa é uma possibilidade de envolver toda a comunidade na elaboração de um exame para traçar o perfil do egresso, generalista, neste início, no estado do Paraná. “Quando encontrei com os coordenadores de curso, levantei todos os problemas e resistências que poderiam ser encontrados neste exame. Fiquei surpreendida ao encontrar tamanha aderência entre os coordenadores de curso de Odontologia, tanto de faculdades públicas quanto privadas”.
Durante o painel, também foi apresentado o “Teste de Progresso”, uma metodologia que possui um custo elevado, mas que, de acordo com os palestrantes, é “necessário que mantenedores das instituições de ensino superior invistam não só para a qualidade dos cursos de Odontologia, mas para uma melhor formação de Cirurgiões-Dentistas”.
Fotos: @flaviocorvello @di.scapino
Por Natasha Guerrize, Luciana Lima e Camila Melo, Ascom CFO.
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