Homenagem do Dr. Gilvado Soares ao amigo Dr. José Geraldo
“Morreu um amigo generoso de grande coração.
José Geraldo da Fonseca.
Dedicou sua vida à odontologia, à família e aos seus amigos.
Clinicou em Caicó e era bastante querido e em seguida veio morar em Natal, onde colecionou uma legião de amigos.
Hoje, 5 de marco de 2021, é um dia triste para a odontologia do Rio Grande do Norte, morreu uma figura humana exemplar.
Descanse em paz compadre e amigo.
Givaldo Soares.
A homenagem do Dr. Givaldo Soares, cirurgião-dentista remido e colaborador do CRO-RN, ao amigo foi publicada no seu Instragam.
A morte do DR. José Geraldo foi na quinta-feira, 5 de março, aos 96 anos. Ele estava internado no Hospital São Lucas, em Natal, devido ao Covid-19.
O Dr. José Geraldo foi conselheiro do CRO-RN em duas gestões, a primeira de 1974/1976 na presidência do Dr. Giuseppe Leite de Albuquerque, e a segunda de 1996/1978, que tinha como presidente o Dr. Sebastião Fernandes de Oliveira.
Em 20 de setembro de 2016, quando o Dr. José Geraldo completou 91 anos, o Dr. Givaldo fez uma homenagem e publicou um texto no Espaço Remido do site do CRO-RN falando do amigo.
Abaixo o texto de 2016.
José Geraldo da Fonseca, este é o seu nome, com 91 anos, casado com Alice Medeiros da Fonseca. Desta união nasceram três filhos: José Geraldo Moura da Fonseca Junior, Carlos Eduardo Moura da Fonseca e Ricardo Luis Medeiros da Fonseca.
Este último escolheu a mesma profissão do pai e atua hoje na odontologia com grande êxito.
Zé Geraldo, como é mais conhecido, nasceu em São João do Sabugi (RN). Filho de pais pobres, ele iniciou seus estudos em sua cidade e depois foi estudar o secundário em Caicó, região do Seridó.
Nesta cidade teve uma grande ajuda e proteção do Monsenhor Walfredo Gurgel, homem generoso e de grande sensibilidade social, que depois se tornou governador do Rio Grande do Norte.
Monsenhor era diretor do Ginásio Diocesano, em Caicó, onde José Geraldo foi acolhido e escolhido como “prefeito dos internos”, para manter a ordem na casa.
Zé Geraldo foi também estimulado a estudar música, se transformando em um bom sax tenor, tocando na banda do colégio. Zé é primo legítimo de Capiba, que fez uma revolução no frevo pernambucano.
No final da década de 40, ele terminou o ginasial e veio para Natal fazer o científico no colégio estadual Atheneu Norte Rio Grandense, aonde encontrou um corpo docente de alto nível, fazendo grandes amigos.
De família pobre, Zé foi residir na Casa do Estudante e fez seu vestibular para o curso de Odontologia em 1950. Concluiu o curso em 1952 e voltou a Caicó, onde começou a trabalhar conquistando uma grande clientela e uma legião de amigos.
Em 1966, o cirurgião-dentista arruma suas malas e deixa sua querida Caicó, vindo clinicar em Natal. Aqui, além da clínica particular, aonde obteve grande êxito, exerceu também a profissão odontológica nos Correios e no Instituto de açúcar e álcool (IAA).
Zé Geraldo também teve atuação nas entidades de classe e sociais. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO-RN), na gestão comandada por José Rodrigues Medina, que sofreu um acidente automobilístico em Campina Grande.
Não podendo continuar na presidência da ABO, o mandato foi concluído por José Geraldo da Fonseca.
Outra participação importante foi no Rotary Clube Natal Alecrim, aonde chegou à sua presidência, fazendo uma excelente administração.
Mas Zé Geraldo não é apenas um ser humano generoso, ele é acima de tudo humanista que preza sua família e seus amigos.
Hoje, aos 91 anos, tem a consciência tranquila, seu trabalho profissional reconhecido e muitos amigos.
O Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Norte parabeniza o ilustre profissional pelo seu trabalho em pró da Odontologia potiguar e, nesse Espaço Remido, conta um pouco de sua história nesse texto do seu colega cirurgião-dentista Givaldo Soares.