Palestra sobre Choro na MPB no auditório do CRO-RN
O Choro na MPB
“O Choro na Música Popular Brasileira”, palestra de Francisco Neves, engenheiro e pesquisador da nossa MPB, na próxima quarta-feira, dia 2 de julho, no auditório do Conselho Regional de Odontologia, abre a programação da “Quarta Cultural” do CRO-RN.
A palestra faz parte do programa Sarau Lítero-Musical que o CRO-RN promove desde 2005 em sua sede, na rua Cônego Leão, 930, e coordenado pelo cirurgião-dentista Rubens Azevedo, presidente da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores (SBDE-RN) e com o apoio da SPVA (Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte).
O ciclo de palestras sobre a MPB será realizado uma vez por mês e está inserido na programação do sarau que tem duas edições mensais. O idealizador desse ciclo sobre a MPB é o cirurgião-dentista Givaldo Soares, que apresentou a proposta para o presidente do CRO-RN, Eimar Lopes de Oliveira.
Colocada em votação nas reuniões dos conselheiros, a proposta foi aprovada por unanimidade.
“O objetivo principal dessa proposta é fazer uma análise histórica da nossa música, além de proporcionar aos colegas dentistas uma oportunidade de conhecer um pouco mais a Música Popular Brasileira”, explica Gilvado.
Para o presidente do CRO-RN, idéias como esta do Dr. Givaldo para levar mais conhecimento cultural para a categoria é salutar, além de aproximar mais o CD do conselho.
“Este ciclo de palestra, que vai ter outros palestrantes falando também de Samba, Baião, Bossa Nova e o Tropicalismo, é também um momento de lazer não só para os cirurgiões-dentistas, mas para todas as pessoas que gostam de música, da nossa boa e talentosa MPB”, ressalta Eimar Lopes.
“Todos os cirurgiões-dentistas sintam-se desde já convidados a participarem dessa palestra que abre a programação “Quarta Cultural” e também das outras que estão agendadas”, disse o presidente.
O Dr. Givaldo Soares explica que o palestrante é um engenheiro que gosta e pesquisa a nossa MPB. “Ele é um profundo conhecedor do nosso cancioneiro popular e sua palestra é uma forma dele compartilhar toda a sua pesquisa com a nossa categoria e quem desejar participar do evento”, disse o idealizador da “Quarta Cultural”.
Além de falar do “choro” ou “chorinho”, Francisco Neves vai levar para a palestra um CD com várias músicas que marcaram a época mais efervescente desse estilo de música que 1880, no Rio de Janeiro.
Segundo o cirurgião-dentista, no dia 6 de agosto, a segunda palestra vai abordar “O Samba na MPB”. O palestrante convidado é o pesquisador Múcio Robério Procópio.
O CHORO
Este estilo de música surgiu em 1880, nos bares do Rio de Janeiro. Ou melhor, nos botequins ou “butiquins”, como dizem os portugueses. Foi exatamente em ambiente de botequim que a primeira música urbana tipicamente brasileira surgiu no bairro de Cidade Nova, no Rio.
O choro é um estilo de música que não anda nas paradas de sucesso, mas que agrada brasileiros e estrangeiros.
Este estilo de música surgiu com a malandragem carioca e tem no improviso sua principal característica.
O carioca cavaquinista Bill Duba conta que existe uma definição para o choro que não é dele, mas que gosta de cita-la “O choro é igual a mulher bonita. Você sempre acha que encontrou a mais bonita de todas, mas sempre aparece outra”, diz ele.
Segundo a história do choro, os primeiros criadores do estilo eram gente comum, trabalhadores na linha férrea ou na alfândega do porto do Rio, que à noite eram boêmios.
Como não havia partitura ou regras, o choro recebia os músicos com seus instrumentos que saiam à noite para se divertir. O pessoal chegava e ia tocando o que sabia. Os instrumentos do choro são o violão de sete cordas, o cavaquinho, a flauta e um pandeiro.
Os nomes mais importantes do choro brasileiro são Valdir Azevedo (Brasileirinho), Pixinguinha (Carinhoso), e Jacob do Bandolim (Receita de Samba).
Devido ao improviso, o choro é muitas vezes comparado ao jazz americano, que no entanto, só surgiu nos anos 50.
Para conhecer mais sobre esse estilo de música, compareça nesta quarta-feira, dia 2 de julho, no auditório do Conselho Regional de Odontologia, a partir das 19 horas. A entrada é franca para todos, dentistas ou não.