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CEO de Assu é desinterditado depois que a prefeitura atendeu as recomendações do CRO-RN

CEO de Assu é desinterditado depois que a prefeitura atendeu as recomendações do CRO-RN

Após 20 meses, quatro visitas e prazos para atender as recomendações da Fiscalização do CRO-RN, a prefeitura de Assu finalmente resolveu os problemas existente no CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), que desde novembro de 2016 estava com dois consultórios interditados eticamente.

A liberação dos consultórios de Periodontia e Pacientes Especiais/Prótese Dentária foi feita no dia 21 de junho, após a visita da Fiscalização do CRO-RN.

Estiveram em Assu os conselheiros Jane Nóbrega e Ruy de Bessa Medeiros, respectivamente presidente da Comissão de Fiscalização e integrante, que foram recebidos pelo secretário Municipal de Saúde, o cirurgião-dentista Luis Eduardo Pimentel Soares, e a coordenadora municipal de Saúde Bucal, Cinthia Mayara Rodrigues Xavier.

Segundo a presidente da Comissão de Fiscalização, a desinterdição dos dois consultórios se deu agora após a gestão ter solucionado todas as irregularidades pendentes.

“A Fiscalização do CRO-RN esteve em março deste ano novamente fiscalizando o CEO e as recomendações para sanar os problemas não tinham sido realizadas, o que nos levou a denunciar a situação ao Ministério Público Estadual”, explica Jane.

“Ficamos muitos felizes com o retorno das atividades do CEO de Assu, já que o seu funcionamento de forma precária estava prejudicando a população que necessita dos serviços odontológicos dessa unidade”, disse a presidente da Comissão de Fiscalização.

Segundo o conselheiro Ruy de Bessa, o secretário de Saúde de Assu também ficou feliz pela desinterdição das salas.

“Para nós da Fiscalização do CRO-RN não é fácil quando somos obrigados a interditar consultórios por irregularidades, como equipamentos sem condições, salas com mofos, questões de biossegurança, pois sabemos que a população mais carente é a que sofre sem o atendimento, porém não podemos também deixar os descasos dos gestores com suas unidades de saúde, pois colocam em risco os pacientes e também os profissionais”, explica Medeiros.

“O ideal seria que os gestores tivessem consciência quanto ao serviço de saúde que a população tem o direito, pois são contribuintes, pagam seus impostos e merecem ser bem atendidos”, afirma o conselheiro.

“Gestores e profissionais de saúde precisam entender que a população tem o direito a um atendimento digno nas unidades de saúdes. Infelizmente, vejo que alguns profissionais de saúde não têm o perfil para o atendimento na saúde pública”, lamenta.

Com dois consultórios interditados, os usuários reclamavam que desde novembro de 2016 aguardavam atendimentos no CEO de Assu.

“Em 2017, a Fiscalização do CRO-RN visitou por duas vezes o CEO e concedeu novos prazos para a secretaria Municipal de Saúde de Assu resolver os problemas, mas nada foi feito nos dois consultórios interditados”, lamentou na a presidente da Comissão de Fiscalização, quando visitou a unidade em março deste ano.

Em março, depois de visitarem o CEO, o presidente do CRO-RN, Gláucio de Morais e Silva, e a conselheira Jane estiveram na Promotoria de Justiça de Assu, quando relataram os problemas e anexaram os relatórios de visitas da Fiscalização realizadas, sem que as irregularidades fossem sanadas para a desinterdição dos dois dos quatro consultórios da unidade.

Segundo Jane, cinco dentistas estavam se revezando no atendimento em dois consultórios, prejudicando o atendimento da população, que ficava em fila de espera.

HISTÓRICO DE ASSU

A equipe de Fiscalização do CRO-RN fez em junho de 2016 uma visita ao CEO e a várias unidades de saúde, quando interditou dois consultórios do Centro de Especialidades, o de Periodontia e o de Atendimento a Pacientes Especiais/Prótese.

Depois fez mais três retornos: em 1º. de novembro de 2016, depois em 24 de maio e 28 de setembro de 2017.

Em março de 2018 foi a quarta visita, que deveria ser de desinterdição, ou seja, de liberação dos dois consultórios que apresentavam problemas, mas acabou mantendo a interdição por falta de condições de atendimento para a população.

Nas visitas anteriores os fiscais constaram em todos os quatro consultórios do CEO a ausência de suporte para caixa de lixo perfuro cortante, ausência de saco de lixo hospitalar nas lixeiras, falta de mocho para a ASB, entre outras irregularidades.

No consultório de Endodontia, os fiscais encontraram o armazenamento inadequado dos instrumentais contaminados. Eles estavam num balde comum. Não havia tomada próxima ao aparelho de raio X, sendo utilizada uma tomada que oferecia risco ergonômico para o profissional.

No consultório de Cirurgia, mais irregularidades: armário danificado, o encaixe da caneta de alta rotação estava com defeito, bem como faltava a torneira da pia de lavar instrumentais.

No consultório de Prótese Dentária de Atendimento a Pacientes Especiais, os fiscais encontraram infiltrações nas paredes e ausência da seringa tríplice.

Já no consultório de Periodontia, também não existia a seringa tríplice no equipo.

Na última visita de setembro de 2017, a mesma situação foi encontrava e a Fiscalização manteve a interdição nos consultórios de Periodontia e de Atendimento a Pacientes Especiais.

Na visita de setembro de 2017 os ficais constaram que no CEO não existia autoclave e a sala do expurgo não estava funcionando.

A recepção do CEO de Assu também não tem climatização e os pacientes ficam aguardando o atendimento num ambiente de muito calor.

Na visita do dia 15 de março, a única melhoria constada foi no setor de expurgo, com autoclave funcionando, mas o escrovódromo do CEO continuava sem pias.

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