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Alunos de Odontologia da UnP participam do Julgamento Simulado de Processo Ético

Alunos de Odontologia da UnP participam do Julgamento Simulado de  Processo Ético

Continuando a série de apresentações do Julgamento Simulado de  Processo Ético para alunos dos cursos de Odontologia e para cirurgiões-dentistas, a Comissão de Ética do CRO-RN (Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Norte) realizou na quinta-feira, 12, mais uma encenação. Desta vez  para os alunos da disciplina de Odontologia Legal da UnP (Universidade Potiguar), no auditório do campus da avenida Salgado Filho, em Natal.

A encenação do julgamento já foi realizada para alunos de Odontologia da UERN (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte), no dia 31 de março, no auditório do CRO-RN, e para os cirurgiões-dentistas durante o VIII Ciclo de Atualização Científica da Grande Natal, no dia 6 de abril.

O conselheiro do CRO-RN e professor da UERN, Gustavo Emiliano, da disciplina de Odontologia Legal I, informa que no dia 18 de abril a e encenação do julgamento será realizado para os estudantes de Odontologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), no auditório da Faculdade de Odontologia, na avenida Salgado Filho.

Segundo ele, no dia 28 de abril, uma segunda apresentação do julgamento simulado será realizado alunos da UnP.

“A ideia da Comissão de Ética do CRO-RN é levar este julgamento simulado para os ciclos de atualização que o Conselho realiza no interior do Estado”, explica Emiliano.

Quanto a apresentação na UnP, o conselheiro do CRO-RN elogiou a iniciativa da universidade em criar a disciplina de Odontologia Legal, que não existia na sua grade curricular.

Segundo o professor da UERN, os ensinamentos dessa disciplina são próprios dela e  transdisciplinaridade a todas as outras especialidades odontológicas.

“De modo que esta disciplina permite que o discente tenha uma visão ampliada da Odontologia contemporânea e suas novas necessidades, condizetes com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Odontologia”, afirma Emiliano.

“Quero deixar meus elogios a coordenadora do curso de Odontologia da UnP, Maria Alice Pimentel Fuscella, que teve a iniciativa de criar a disciplina”, disse o conselheiro.

O professor titular dessa disciplina na UnP é o professor Gentil Homem de Araújo Neto, que participou da apresentação do julgamento simulado ao lado da coordenadora Maria Alice e do professor Hanieri Gustavo de Oliveira. Também assistiu a encenação o cirurgião-dentista Fernando Souza, do setor de Odontologia do ITEP, Fernando Souza Marinho.

A encenação do julgamento simulado é do grupo de teatro Harmatias, ligado ao departamento de Artes da UFRN, que tem como base a emissão de um atestado por parte de um cirurgião-dentista para um paciente usar como justificava para não comparecer a uma audiência na Justiça Federal.

Segundo o conselheiro e integrante da Comissão de Ética do CRO-RN, a encenação com atores do gruo de teatro Harmatias é para fazer alunos e dentistas refletirem, discutirem a questão da emissão de atestados por parte dos profissionais de odontologia, não observando suas consequências.

Participaram da encenação o professor do departamento de Artes, Maurício Motta, e os alunos do curso de teatro Emerson Souza, que interpretou o dentista réu;  Stefany Tavares, a TSB e testemunha; João Paulo Feitosa, o presidente do julgamento; Camila Morais, a paciente; e Emissandra Helena, a Cirurgiã-Dentista relatora do processo ético.

Antes de iniciar o julgamento simulado, o diretor fez uma performance com alunos e professores de Odontologia da UnP. Ele  organizou os presentes em duplas e comandou alguns exercícios de consciência corporal e sensibilização.

Mauricio explicou que os dentistas ao atenderem seus pacientes estão em contato físico com eles, havendo uma troca de energias. “O exercício de consciência corporal e sensibilização é para mostrar que o cirurgião-dentista no seu atendimento terá momentos de controle da ação e em outros o controle está com o paciente”, explica.

O conselheiro, professor da UERN e integrante da Comissão de Ética do CRO-RN disse que a encenação do julgamento ético se fundamenta no  método do Teatro-Fórum, no qual explora exercícios, jogos e técnicas que provocam a reflexão do expectador-ator frente a decisões flagrantemente injustas.

Segundo ele, o  método foi elaborado pelo diretor, autor e teórico Augusto Boal, que na década de 60 dirigiu o Teatro de Arena de São Paulo e foi nomeado, em 2009, embaixador mundial do teatro pela UNESCO.

No final do julgamento simulado, os estudantes da UnP responderam em uma cédula questões pertinentes aos casos éticos:

 “No seu juízo do caso, o (a)  senhor(a)  conselheiro (a) considera justo e necessário a aplicação de pena disciplinar?”

 “Se a resposta foi SIM,  o (a)  senhor(a)  conselheiro (a) considera qual  pena disciplinar ( Art. 51 do CEO)?”

 “O (A)  senhor(a)  conselheiro (a) entende que houve alguma manifesta gravidade que justifique a aplicação imediata das penalidades mais graves, ou seja, a supensão do exercício profissional até 30 dias ou cassação do exercício profissional?”

“No seu juízo do caso, o (a)  senhor(a)  conselheiro (a) considera justo e necessário somar  à pena disciplinar aplicada a pena pecuniária em reais (R$) correspondente a anuidade (s) ( Art. 57 do CEO)?”

O professor Emiliano explica que uma das formas mais eficazes de corrigir erros de conduta ética é apresentar e analisar cada caso, e após a discussão, identificar as possíveis consequências éticas e legais para o profissional.

“Com a encenação teatral é possível colocar o expectador na posição do outro, ou seja, do denunciante, do denunciado ou mesmo do julgador, em uma condição próxima do real”, explica o conselheiro, que gostou da participação dos estudantes de odontologia da UnP no evento. “O debate foi o melhor de todos das encenações já apresentadas, com muitos alunos participando com opiniões interessantes”, afirmou Emiliano.

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