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FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM

 Por Rubens Barros de Azevedo*

 A definição da palavra BEM tem várias conotações e abordagens, segundo o filólogo, Mestre Antônio Houaiss, porém, a melhor maneira que encontramos para expressar o nosso pensamento a respeito de tão nobre virtude, é a teológica; "Bem, é tudo que leva ao aperfeiçoamento espiritual do ser humano". Está dito tudo!

 

Sim, porque não se concebe uma evolução espiritual, a qual todos nós devemos almejar, sem a imprescindível prática do bem.

 

Todos os líderes espirituais até hoje surgidos, tentam, de todas as formas e palavras, mostrar a transcendência da prática cotidiana, ininterrupta, abrangente, incondicional, da máxima tantas vezes inserida nos ensinamentos que, dentre outros, Jesus Cristo nos deixou como norteamento das nossas ações: devemos fazer o bem sem olhar a quem, além desta outra: que a mão esquerda não saiba o que dá a mão direita e vice-versa. Fazer o bem sem ostentação é o verdadeiro sentido da doação.

 

  Trata-se, além de tudo, de uma to de caridade, que a mãe das virtudes (amor, justiça, tolerância, indulgência, perdão, etc.), e uma lição de altruísmo, uma vez que, ao não praticar o bem, o homem usa o egoísmo, considerado o pai de todos os vícios (orgulho, ambição exagerada, ganância, cupidez, inveja, ódio, ciúme, etc.) 

 

Mas como saber que estamos no caminho certo? Se estamos procedendo de conformidade com esses salutares princípios? Lembremos do sábio Santo Agostinho, que sempre fazia auto-análise, um rigoroso exame de consciência, quando se preparava diariamente para dormir. Ele se perguntava, ao final de cada jornada de trabalho: "Será que procedi bem hoje? Aproveitei todas as oportunidades surgidas para ajudar a quem precisou de mim?  Fiz o bem sem olhar a quem?"

 

Eis uma prática que nada nos custa adotar, para o nosso próprio benefício, e daqueles que estão ao nosso derredor, a começar pela família, célula a qual devemos sempre estar ligados por laços de fraternidade.

 

 Basta que nos lembremos de um detalhe por demais simples, porém verdadeiro e corriqueiro. Façamos a nós mesmos a clássica pergunta: O que pretendo fazer trará prejuízos à pessoa visada? Gostaria que me fizessem o mesmo?

 

Perante Deus, nosso Criador, somos todos irmãos, independente da cor da pele, da posição social, da intelectualidade, etc., portanto, devemos nos ajudar mutuamente, até porque esta curta passagem terrena é plena de provas as quais devemos superar da melhor maneira possível.

 

Para que tal aconteça da forma que pretendemos, precisamos de muita fé, de humildade, de inteligência, sabendo que somos, apenas, um instrumento da vontade divina.

 

Tenhamos fé em dias melhores, mercê do empenho no nosso próprio melhoramento, na tentativa de alcançara tão desejada reforma íntima, através da qual poderemos desenvolver todo um trabalho para amenizar a nossa própria caminhada, e ajudar a quem pudermos, embora saibamos que todos nós temos uma missão, uma tarefa a cumprir aqui no planeta Terra.

 

 Muitas vezes, apesar de pretendermos amenizar as dificuldades enfrentadas pelos nossos irmãos, incluindo as doenças e/ou desvios de comportamento, não conseguiremos atingir tal meta, mas a simples intenção de fazer o bem, conforta quem recebe a dádiva da atenção e nos faz sentir úteis.

 

 Que Deus nos abençoe e nos faça sentir cada vez melhores na senda do bem!

 

 

* Presidente nacional da Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores.

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